REDE INTEGRADA DE TRANSPORTE (RIT): CRIAÇÃO DO MAPA DOS ITINERÁRIOS DA CIDADE DE CURITIBA
O projeto, denominado “Rede Integrada de Transporte (RIT): Criação do mapa dos itinerários da Cidade de Curitiba” teve como objetivo final apresentar um desenho do mapa de itinerários de ônibus de Curitiba, que faz parte da RIT, e que permitisse um uso ágil e de fácil compreensão pela maioria dos usuários.
A escolha dessa pesquisa surgiu e foi motivada no dia-a-dia através de constatações quanto aos problemas e dificuldades dos usuários na sua interação com os mapas RIT-URBS. Assim, Luana e eu (Vivian) abraçamos este desafio e, com orientação do professor Renato Bordenousky Filho, apresentamos uma solução como trabalho de conclusão do curso Artes Gráficas (UTFPR), em 2010.
Através da pesquisa de campo, verificou-se que o problema estava no fato de que as rotas de ônibus não estavam muito claras no mapa e não eram bem compreendidas e entendidas pelos usuários. Então, por meio de análise e pesquisa, notou-se que muitos optavam por pedir informações a funcionários da URBS, familiares, amigos ou a pessoas que estavam passando no local em vez de consultar e guiar-se através dos mapas disponíveis. Com isso, o mapa não cumpria seu objetivo e tornou-se uma ferramenta dispensável pelo usuário. Abaixo podemos conferir como era o mapa em 2010, ano da pesquisa. Imagem foi retirada do acervo da UBRS – Curitiba/PR.
DESENVOLVIMENTO
O projeto foi dividido em quatro grandes etapas: pesquisa, análise, execução e finalização.
A primeira etapa a mais longa do trabalho, pois as pesquisas realizadas neste primeiro momento serviram de base para o desenvolvimento das etapas seguintes.
As pesquisas consistiram na pesquisa bibliográfica, no levantamento teórico das origens do urbanismo e do transporte coletivo e sua evolução, bem como a estrutura dos mapas atuais e o método de construção dos mesmos.
A colaboração de Denise Wolaniuk, designer responsável pela criação do mapa atual da RIT, foi fundamental para o desenvolvimento deste trabalho.
A segunda etapa foi a redação e a fundamentação teórica, que consistiram na análise e interpretação dos dados coletados. Com a análise em mãos, foi realizada em campo, a coleta de dados por meio de uma pesquisa em terminais e estações tubos de ônibus das linhas expressas e interbairros. Esta foi a fase mais rica do trabalho. Ao entrevistar usuários das mais diversas classes sociais e de graus de instrução, presenciou-se a dificuldade que os menos esclarecidos tem em compreender um mapa.
Apenas para ilustrar a situação, em uma das entrevistas ao perguntar para o usuário se haveria a necessidade da troca de ônibus ao realizar um percurso do ponto A para o ponto B, teve-se como resposta que não seria necessária a baldeação, pois os ônibus estavam em ótimas condições de uso. Esse tipo de interpretação inesperada acabou motivando ainda mais a elaboração de um mapa mais simples, claro e de fácil compreensão.
Concluída a pesquisa, foi dado início a geração de alternativas com base nos dados levantados. Iniciando a fase de execução.
Para a etapa de execução foram aplicados na geração de alternativa criada os estudos realizados anteriormente. Foi a etapa denominada GO/ no GO – fase que definiu se o projeto iria ou não adiante. Foram analisados quais elementos – como cores, fontes, linhas – seriam utilizados.
Na finalização, última fase – ao completar o desenho do mapa – foram feitos os orçamentos do mapa físico presente em totens e nos mobiliários urbanos e do guia de bolso.
O mapa físico teve a quantidade calculada com base no número de terminais de transporte da cidade de Curitiba. Considerando 40 que englobam a RIT. E mais 60 para serem distribuídos uniformemente nos vários bairros da cidade. Já para o guia de bolso calculou-se uma quantidade somente para previsão de valores, para efeito de teste, e um pouco superior a metade da população que depende do transporte coletivo diariamente.
Ainda nessa fase, era para ter sido realizado também uma pesquisa de campo para a conferência da viabilidade e eficácia do mapa e – caso necessário – ajustes seriam feitos. Entretanto, devido ao adiantamento da data de entrega foi viável apenas uma pesquisa amostral do mapa elaborado.
Na pesquisa amostral foi utilizado o mesmo questionário utilizado na segunda etapa, mas com o mapa desenvolvido por nós (Luana e Vivian). Sugestões e observações desta pesquisa foram analisadas e o mapa ajustado, para então seguir para a arte final. Abaixo o mapa fruto deste trabalho:
CONCLUSÕES
O trabalho, apesar do adiantamento na data de entrega, fluiu tranquilamente durante todas as fases. Isso ocorreu devido ao roteiro elaborado no início do trabalho e seu cumprimento para que se chegasse ao resultado esperado.
Ao término do trabalho, o mapa elaborado ficou além do esperado pela equipe e conforme os objetivos almejados, o projeto cumpriu sua ideia principal, elaborar um mapa de fácil compreensão aos usuários da rede de transporte de Curitiba. Além disso, o mapa possibilita ao usuário ver onde fazer as conexões necessárias para se chegar ao destino desejado. Questão essa solicitada em vários momentos na fase de pesquisa de campo.
A experiência que esse projeto forneceu, tanto na aplicação dos estudos no projeto como o contato com os usuários do sistema de transporte, foi de grande valia. Tivemos o contato direto com um problema presente no dia-a-dia dos curitibanos que utilizavam o sistema de transporte coletivo urbano e a partir deste problema a busca de uma solução.
REFERÊNCIAS
[1] MOURA, Marcelo; Em entrevista ao portal UOL. Disponível em: <http://mais.uol.com.br/view/rjrfdzqfaq11/mercado-da-animacao-digital>. Acesso em: 20 de julho de 2010.
[2] MOSS, Marcelo; Como formatar o seu roteiro: Um pequeno guia de Master Scenes. Rio de Janeiro: Editora Aeroplano, 2002.
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